terça-feira, 22 de julho de 2008

MP realiza 1º Fórum de Poluição Sonora do Agreste e Sertão

16 de julho de 2008

O Ministério Público Estadual realizou hoje, em Arapiraca, o 1º Fórum sobre Poluição Sonora do Agreste e Sertão, que reuniu especialistas no assunto, promotores de Justiça, gestores públicos municipais, lideranças comunitárias, policiais, empresários, proprietários de empresas de propaganda, donos de empresas de carros de som, estagiários e estudantes de Direito da região. O evento, realizado no auditório do Fórum de Arapiraca, reuniu cerca de 200 pessoas, teve o apoio da prefeitura e foi coordenado pelo procurador de Justiça Geraldo Magela, do 2º Centro de Apoio Operacional do MPE. Segundo ele, o evento cumpriu seu objetivo, “porque aguçou a curiosidade dos iniciantes e estimulou ainda mais os que lidam com o problema a continuarem lutando contra a poluição sonora”. A abertura do evento contou com a presença do vice-prefeito de Arapiraca, José Barbosa, que representou o prefeito Luciano Barbosa. Entre os debatedores estavam o promotor de Justiça Luiz Tenório, da Comarca de Olho D’Água das Flores, e a promotora Dalva Tenório, coordenadora do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente do MP de Alagoas. Entre os palestrantes estavam a musicoterapeuta e professora da Ufal Rita Namé; o juiz do Trabalho Henrique Cavalcante; o professor da Uncisal e médico fonoaudiólogo Pedro Lemos; o secretário de Meio Ambiente de Arapiraca, Ricardo Vieira; o comandante do 3º Batalhão da PM coronel Paulo Amorim; e o comandante do policiamento no Agreste, coronel PM Rosendo. Em sua palestra a professora Rita Namé falou sobre a criação do Projeto Silêncio Urbano na Universidade Federal de Alagoas, destacou a importância dos eventos sobre poluição sonora em Maceió e elogiou o trabalho do MP de Alagoas no combate ao problema. Segundo ela, depois do 1º Fórum sobre Poluição Sonora, realizado em novembro passado, em Maceió, as denúncias se intensificaram.“Até então, a população não tinha consciência plena do direito ao silêncio, ao sossego. Além disso, não sabia a quem recorrer, a quem denunciar quando se deparava com um problema de poluição sonora”, destacou a professora. “Em pouco menos de um ano de trabalho, já avançamos muito, mas ainda temos muito o quê avançar, principalmente na educação ambiental”, observou a professora.A promotora Dalva Tenório fez um balanço das ações desenvolvidas pelo MP no combate à poluição sonora, em conjunto com o Projeto Psiu e com os órgãos públicos, como a SMTT, o Batalhão de Trânsito e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Maceió (Sempma). “Se não fosse essa parceria, essa integração, o trabalho de combate à poluição sonora ainda estaria na estaca zero”, afirmou.Dalva Tenório destacou ainda a importante resolução do Conselho Estadual de Segurança Pública, que em uma das suas últimas reuniões, aprovou uma resolução dando autorização à Polícia Militar a lavrar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Segundo a promotora, a partir dessa resolução, a PM pode registrar os casos de poluição sonora, que são encaminhados para os juizados especiais. O promotor de Justiça Luiz Tenório destacou que em Olho D’Água das Flores a PM já atua no combate à poluição sonora, enquadrando os infratores e apreendendo os equipamentos usados para perturbar o sossego alheio. “A população tem que entender que o direito de um termina quando o do outro começa”, ensinou o promotor, que elogiou a organização do evento e a participação do publico.O coronel Paulo Amorim, disse que depois da decisão do Conselho Estadual de Segurança, cerca de 40 TCO’s foram abertos pela PM de Arapiraca para apurar denúncias de poluição sonora contra donos de estabelecimentos comerciais e motoristas particulares, que abusam do volume de som. “Além disso, vamos trabalhar em conjunto com os órgãos fiscalizadores, para garantir o sossego da população”.O médico Pedro Lemos falou sobre os efeitos nocivos da poluição sonora para a saúde da população e destacou que qualquer ruído acima de 85 decibéis já provoca lesões irreversíveis aparelho auditivo. Já o juiz do trabalho, Henrique Cavalcante, destacou as implicações trabalhistas que o problema pode provocar e o barulho é a terceira maior fonte de poluição no mundo.


Ricardo Vieira, Secretário do meio ambiente de Arapiraca


Promotores Luiz Tenório e Dalva Tenório


Promotores Dalva Tenório e Geraldo Magela

ATA DO I FÓRUM SOBRE POLUIÇÃO SONORA DA REGIÃO AGRESTE-SERTÃO

MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL
II CENTRO DE APOIOOPERACIONAL


PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAPIRACA-AL


ATA DA I FORUM SOBRE POLUIÇÃO SONORA DO AGRESTE E SERTÃO


HORÁRIO DE INÍCIO: 9 hs
HORÁRIO DE TÉRMINO: 15 hs
DATA: 16 de julho de 2008
Local: Fórum Desembargador Orlando Manso – Arapiraca- AL
ITENS A SEREM ABORDADOS NESTA REUNIÃO
I. POLUIÇÃO SONORA E POLITICAS PUBLICAS
II. POLUIÇÃO SONORA E SEGURANÇA PUBLICA
III. POLUIÇÃO SONORA E MEIO AMBIENTE
IV. POLUIÇÃO SONORA E SAÚDE COLETIVA
V. OUTROS ASSUNTOS
ABORDAGENS E DESCRIÇÕES
I. Participantes Alvo da Reunião
Comunidade em geral e autoridades do Município de Arapiraca- Alagoas

II. ATA DA PRESENTE REUNIÃO


Aos dezesseis dias do mês de julho de 2008, o Ministério Publico Estadual realizou no Fórum Desembargador Orlando Manso, na cidade de Arapiraca, Alagoas , às 9 horas, o 1º Fórum sobre Poluição Sonora do Agreste e Sertão, que reuniu especialistas no assunto, promotores de Justiça, gestores públicos municipais, lideranças comunitárias, policiais, empresários, proprietários de empresas de propaganda, donos de empresas de carros de som, estagiários e estudantes de Direito.
O evento reuniu cerca de 200 pessoas e teve o apoio da prefeitura. Foi coordenado pelo procurador de Justiça Geraldo Magela Pirauá, do 2º Centro de Apoio Operacional do MPE. Segundo ele, o evento tem como objetivo, “aguçar a curiosidade dos iniciantes e estimular ainda mais os que lidam com o problema a continuarem lutando contra a poluição sonora”. A abertura do evento contou com a presença do vice-prefeito de Arapiraca, José Barbosa, que representou o prefeito Luciano Barbosa. Entre os debatedores estavam o promotor de Justiça Luiz Tenório, da Comarca de Olho D’Água das Flores, e a promotora Dalva Tenório, coordenadora do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Publico de Alagoas. Na abertura do evento o Procurador da Justiça Dr. Geraldo Magella Pirauá ressaltou a importância desse momento para a cidade de Arapiraca. Esteve presente, também, na abertura o Vice- prefeito do município, Sr. José Barbosa de Oliveira que que representou o prefeito Luciano Barbosa. Destacou a importância do Fórum para a mobilização da sociedade acerca das ações de conscientização dos moradores e no combate à poluição sonora. Entre os palestrantes: a musicoterapeuta e professora da Ufal Rita Namé; o juiz do Trabalho Henrique Cavalcante; o professor da Uncisal e fonoaudiólogo Pedro Lemos; o secretário de Meio Ambiente de Arapiraca, Ricardo Vieira; o comandante do 3º Batalhão da PM coronel Paulo Amorim; e o comandante do policiamento no Agreste, coronel PM Rosendo. Em sua palestra a professora Rita Namé falou sobre a criação do Projeto Silêncio Urbano na Universidade Federal de Alagoas, destacou a importância dos eventos sobre poluição sonora em Maceió e elogiou o trabalho do MP de Alagoas no combate ao problema. Segundo ela, depois do 1º Fórum sobre Poluição Sonora, realizado em novembro passado, em Maceió, as denúncias se intensificaram. “Até então, a população não tinha consciência plena do direito ao silêncio, ao sossego. Além disso, não sabia a quem recorrer, a quem denunciar quando se deparava com um problema de poluição sonora”, destacou a professora. “Em pouco menos de um ano de trabalho, já avançamos muito, mas ainda temos muito o quê avançar, principalmente na educação ambiental”,
observou a professora. O fonoaudiólogo Pedro Lemos falou sobre os efeitos nocivos da poluição sonora para a saúde da população e destacou que qualquer ruído acima de 85 decibéis já provoca lesões irreversíveis aparelho auditivo. Já o juiz do trabalho, Henrique Cavalcante, destacou as implicações trabalhistas que o problema pode provocar e o barulho é a terceira maior fonte de poluição no mundo.A promotora Dalva Tenório fez um balanço das ações desenvolvidas pelo MP no combate à poluição sonora, em conjunto com o Projeto PSIU-UFAL e com os órgãos públicos, como a SMTT, o Batalhão de Trânsito e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Maceió (Sempma). “Se não fosse essa parceria, essa integração, o trabalho de combate à poluição sonora ainda estaria na estaca zero”, afirmou. Dalva Tenório destacou ainda a importante resolução do Conselho Estadual de Segurança Pública, que em uma das suas últimas reuniões, aprovou uma resolução dando autorização à Polícia Militar a lavrar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Segundo a promotora, a partir dessa resolução, a PM pode registrar os casos de poluição sonora, que são encaminhados para os juizados especiais.O promotor de Justiça Luiz Tenório, destacou que em Olho D’Água das Flores a PM já atua no combate à poluição sonora, enquadrando os infratores e apreendendo os equipamentos usados para perturbar o sossego alheio. “A população tem que entender que o direito de um termina quando o do outro começa”, ensinou o promotor, que elogiou a organização do evento e a participação do publico. O coronel Paulo Amorim, disse que depois da decisão do Conselho Estadual de Segurança, cerca de 40 TCO’s foram abertos pela PM de Arapiraca para apurar denúncias de poluição sonora contra donos de estabelecimentos comerciais e motoristas particulares, que abusam do volume de som. “Além disso, vamos trabalhar em conjunto com os órgãos fiscalizadores, para garantir o sossego da população”.Dr. Luiz Tenorio e Dr. Geraldo Magella, na condição de coordenadores das mesas, fizeram um breve relato sobre as palestras, e foram unânimas em expressar preocupação em relação aos efeitos nocivos que a poluição sonora traz para a
sociedade e o convivio entre os cidadãos, abrindo, logo em seguida para debate com o publico que se manifestou de diversas maneiras: denunciando pontos de poluiçao sonora na cidade, no Estado, solicitando esclarecimento às autoridades quanto a competencia ao combate à poluição sonora, entre outros aspectos de ordem pessoal, isto é, de pessoas incomodadas com seus vizinhos que provocam poluição sonora. De acordo com as perguntas a mesa respondeu ora esclarecendo ora abrindo o tema para um debate maior. As sugestões foram acatadas como por exemplo, ter permanentemente um Forum como este permitindo a participação de autoridades e comunidade em geral, assim como as Secretarias do Meio Ambiente dos Municipios terem entre seus Programas um de Combate a Poluição Sonora. Foi também estabelcido que O Ministerio Publico irá relatar em uma “Carta de Arapiraca” , acompanhada dessa ATA , o registro do evento e entregue a Prefeitura da Cidade de Arapiraca como contribuição as ações para o combate à Poluição Sonora na cidade. Com estas sugestões e com todos os dados esclarecidos a reunião foi encerrada e eu, Rita Namé , coordenadora do Psiu-UFAL-AL lavrei a presente ata que depois de lida e aprovada será assinada pelos presentes.




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O PSIU-AL Esteve presente no I Fórum Sobre Poluição Sonora da Região Agreste-Sertão


O Projeto de Silêncio Urbano de Alagoas esteve presente no I Fórum de Sobre Poluição Sonora da Região Agreste-Sertão ocorrido no dia 16 de Julho de 2008 na cidade de Arapiraca. A Profª Drª Rita Namé, musicoterapeuta e coordenadora do projeto, participou da 1ª mesa-redonda explicando os danos que o excesso de decibéis causa à saúde humana e à natureza de forma geral.



Profª Rita Namé e seu esposo Luiz Ferreira

Bolsista Emmanuel, Promotora Dalva Tenório e o Promotor Geraldo Magela